Marta Moraes; Patricia da Rosa. 2019. Pouteria psammophila (Sapotaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018) com ocorrência nos estados: BAHIA, municípios de Caetité (Harley 21279), Entre Rios (Jesus 1125), Lençóis (Stradmann 606); ESPÍRITO SANTO, municípios de Conceição da Barra (Pereira 4270), Itapemirim (Fabris 877), Linhares (Siqueira 1067), Santa Leopoldina (Vervloet 2920), Santa Teresa (Vervloet 2178), São Mateus (Faria 136); MINAS GERAIS, município de Mutum (Luz 370); RIO DE JANEIRO, município de Araruama (Cavalcanti 167), Armação de Búzios (Palazzo 79), Arraial do Cabo (Paixão 314), Cabo Frio (Resende 227), Iguaba Grande (Quintanilha 121), Maricá (Farney 356), Niterói (Ferreira 2234), Rio das Ostras (Palazzo 75), Rio de Janeiro (Cardoso 246), Saquarema (Fonseca 325), Santa Cruz (Glaziou 9502); SÃO PAULO, municípios de Cananéia ( Melo 848), Cubatão (Garcia 2626), Iguape (Melo 939), Praia Grande (Silva 7830), São Miguel Arcanjo (Farias 719), Ubatuba (Leitão Filho 34806)
Árvore com até 23 metros de altura, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018), que ocorre na Mata Atlântica nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Apresenta EOO=569772 km², AOO=244 km², mais de dez situações de ameaça, está presente em 26 municípios e 13 Unidades de Conservação. É encontrada preferencialmente na Restinga, ambiente naturalmente frágil (Hay et al., 1981), que vem sendo degradada pela forte especulação imobiliária, pela extração de areia, pelo turismo predatório, além do avanço da fronteira agrícola, a introdução de espécies exóticas e coleta seletiva de espécies vegetais de interesse paisagístico. A pressão exercida por essas atividades resulta em um processo contínuo de degradação, colocando em risco espécies da flora e da fauna (Rocha et al., 2007). A conversão dos territórios em pastagem, na maioria dos municípios de ocorrência da espécie, é muito alta, podendo suplantar 50%, como o município de Mutum, MG, único registro no estado. Segundo Carvalho, 2018, as Unidades de Conservação até então existentes na Restinga de Massambaba, não foram suficientes e capazes de deter a forte pressão antrópica sobre os ambientes, especialmente pelas ações ligadas à especulação imobiliária e à indústria do turismo. Atualmente, a cobertura vegetal original remanescente da Região dos Lagos (RJ) é menor que 10% (SOS Mata Atlântica, 2018). A espécie é comestível, a dispersão é zoocórica, e sua madeira pode ser utilizada na construção civil. Por suas características e parâmetros a espécie está sendo considerada como Quase Ameaçada (NT), porém próxima da vulnerabilidade. Sugere-se estudos populacionais para melhor caracterização das condições de conservação da espécie.
A espécie foi avaliada como "Em perigo de extinção" (EN) na lista vermelha da IUCN (Pires O'Brien, 1998). O BP-RLA reavaliou a espécie, utilizando o novo critério de revisão, estabelecido pela versão 3.1.
Espécie descrita em: Sitzungsber. Math.-Phys. Cl. Königl. Bayer. Akad. Wiss. München 12: 333. 1882
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3 Livestock farming & ranching | locality,habitat | past,present,future | regional | high |
O município de Caetité tem cerca de 30% (79589 ha) de seu território (265152 ha) utilizados como pastagem; Entre Rios com 121168 ha tem 15% de seu território (18233 ha) utilizados como pastagem; Linhares com 350371 ha, possui 34% de sua área (117270 ha) convertida em pastagem; Santa Leopoldina (ES), com cerca de 71.809 ha, contém 17% de sua área convertida em pastagens; Santa Teresa com 68315 ha tem 12% de seu território (8449 ha) transformados em pastagem; São Mateus com 233870 ha, tem 20% de seu território (46329 ha), transformados em pastagem; Mutum tem em seu território (125082 ha) 56% (70467 ha) utilizados como pastagem (Lapig, 2018) | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 1.3 Tourism & recreation areas | locality | past,present,future | regional | high |
O turismo é uma das principais atividades econômicas desenvolvidas nos municípios de Armação dos Búzios e Cabo Frio (Ribeiro e Oliveira, 2009; Barbosa, 2003). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1 Residential & commercial development | locality | past,present,future | regional | high |
A região do Litoral Norte Fluminense tem por principal vetor de pressão ao meio ambiente a expansão urbana e o turismo incentivados. A expansão urbana e a migração de pessoas de diversas regiões do estado do Rio de Janeiro para a região do Litoral Norte fluminense está diretamente relacionada com o desenvolvimento do setor de turismo, em Cabo Frio e Armação dos Búzios; e, principalmente ao desenvolvimento da indústria petrolífera e parapetrolífera, em Cabo Frio, Macaé-Rio da Ostras e Campos dos Goytacazes (Souza e Terra, 2017). Em viagem a campo, botânicos visualizam em áreas adjacentes ao Parque Estadual da Costa do Sol a ameaça de expansão de loteamentos sobre dunas a beira mar e o aumento da preparação de terrenos para a confecção de novos loteamentos próximo a estradas de acesso entre Cabo Frio e Arraial do Cabo no ano de 2016-2018 (P. Rosa, com. pess.). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1 Residential & commercial development | locality | past,present,future | regional | high |
As pressões sobre a Juréia-Itatins estão associadas a urbanização acelerada, especulação imobiliária e turística, a grandes extensões de bananais, a ocupações recentes e invasões, aos problemas fundiários e a precariedade das condições de vida das comunidades (Thomaziello e Santos, 2012). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 1.3 Tourism & recreation areas | habitat | past,present,future | regional | high |
A Restinga é um ambiente naturalmente frágil (Hay et al., 1981), condição que vem sendo agravada pela forte especulação imobiliária, pela extração de areia e turismo predatório, além do avanço da fronteira agrícola, introdução de espécies exóticas e coleta seletiva de espécies vegetais de interesse paisagístico. A pressão exercida por essas atividades resulta em um processo contínuo de degradação, colocando em risco espécies da flora e da fauna (Rocha et al., 2007). Atualmente, a cobertura vegetal original remanescente da Região dos Lagos é menor que 10%(SOS Mata Atlântica, 2018). As Unidades de Conservação até então existentes, não foram suficientes e capazes de deter a forte pressão antrópica sobre os ambientes, especialmente pelas ações ligadas à especulação imobiliária e à indústria do turismo (Carvalho, 2018). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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1 Land/water protection | on going |
Parque Nacional da Chapada Diamantina; APA de Iraquara/Marimbus; RPPN Fazenda Lontra/Saudade (BA); Reserva Florestal CVRD; Reserva Biológica Augusto Ruschi (ES); Reserva Ecologica Estadual de Massambaba; Parque Ecológico Municipal do Mico-Leão-Dourado, Parque Natural Municipal da Prainha (Grumari), Reserva Ecológica de Jacarepiá; Parque Natural Municipal Paisagem Carioca (RJ); Parque Estadual da Ilha do Cardoso; Estação Ecológica Juréia-Itatins; Parque Estadual Carlos Botelho |
Ação | Situação |
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5.1.2 National level | on going |
A espécie foi avaliada como "Em perigo de extinção" (EN) na lista vermelha da IUCN (Pires O'Brien, 1998). | |
Referências:
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Uso | Proveniência | Recurso |
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9. Construction/structural materials | natural | stalk |
A madeira pode ser empregada para construções civis, cabos de ferramentas e tornearia. Os frutos são comestíveis (Lorenzi, 2016). O látex era usado para a caça, especialmente de pássaros na região da Restinga de Massambaba (Carvalho, 2018). | ||
Referências:
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